“Lançada sobre o chão frio e úmido de sua cela, a Morte remexeu-se em
desalento. Suas lágrimas teimavam em queimar a pele, que as mãos,
inutilmente, procuravam cicatrizar. Enfraquecida, ela aguardava.
Solitária em seu mundo de dor, de mágoas e desesperos. Pertencente a um
meio cruel, onde a felicidade não se permite chegar. Perdida em um meio
doloroso, onde os sonhos pareciam-na desprezar. Naquele pequeno e
inusitado lugar encontrava-se o temor de todos os homens. Ali, estava
rodeada pelas maciças paredes de concreto, que sufocavam pouco a pouco a
inocência dos seus dias perdidos. Que atormentavam sua mente submissa,
com a incerteza de mortes previstas…”
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